Em 2004 Ministério Evanjafrica abriu o seu primeiro orfanato na Província de Nampula e logo depois começou receber crianças órfãs e vulneráveis vindas de lugares onde a esperança para um futuro melhor nem era sonho. Depois de longos anos no serviço árduo no cuidados destas crianças, a noção de educação foi se implantando devagar.
Cada início de um novo ano lectivo nos dava uma esperança de algum dia poder colher frutos do nosso empenho na educação das crianças desfavorecidas ao nosso cuidado. Ainda cedo ficamos sabendo que estávamos perante um enorme desafio antes que o nosso sonho pudesse ser realizado. Falar de uma educação e formação para as crianças ao nosso cuidado, era falar de algo ousado e intangível.
Como podíamos então convencer rapazes e meninas sobre o valor da educação sem saber ler, escrever e nunca nem teriam visto alguém em sua família completar o ensino? Como iriamos explicar as nossas meninas que na altura nunca teriam visto uma mulher educada trabalhando, que o trabalho da mulher não era só ficar em casa e fazer filhos, mas também devia se estimular e investir na capacidade intelectual da mulher, para que ela se torne um instrumento activo na transformação da sociedade.
O desafio que descansava perante Evanjafrica era de tornar o abstrato tangivel, Como poderíamos então ultrapassar esta dificuldades quando e frequente encontrar ainda nas escolas publicas mais de 100 alunos numa unica turma e debaixo de instruções de um único professor? Dai que decidimos iniciar um programa de reforço escolar, dentro do nosso orfanato atendendo as nossas crianças primeiro.
Tivemos como lema nenhuma criança e deixada para traz, formamos grupos de estudo cada funcionário do orfanato foi alfabetizando uma criança e cada criança que aprendia ler devia ensinar outra. A visão foi crescendo que debaixo das volumosas árvores do ressento do nosso orfanato descansavam diariamente caixinhas com livros diferentes que se chamava de bibliotecas moveis.
Os livros não eram so sobre educacao mas diferentes areas ou esferas da vida incluindo morais, sivicos e religiosos, o reforco escolar cresceu ate ao ponte de contratarmos professores que vinham reforçar o que as crianças aprendiam na escola. Com a introdução disciplinas de matemática, fisica, biologia e química no nosso programa do reforce escolar, os primeiro par de crianças terminou com o ensino secundario e foi ao Centro de formação de professores.
Depois de ter terminado e conseguido trabalho, o invisivel tornou tangivel e ja todo orfanato ja tinha alvo. A formação deste rapaz e da rapariga trouxe uma revolucao na área de educação, passamos a mandar varios jovens para Universidade assim como nos diferentes centros de formacao profissional. Das 100 crianças que passaram do nosso orfanato, produzimos:
Advogados para defender os oprimidos, cozinheiros que trabalham nas cozinhas de novos hotéis de cinco estrelas, técnicas de beleza que embelezam as mulheres da cidade que entram para fazer o cabelo e saem com uma palavra encorajadora. Mecânico que repara o que é fonte de renda para vida de alguém. Professores lutando contra o analfabetismo e a pobreza e preparando as gerações futuras para a mudança. Enfermeiras que tratando e confortando os seus pacientes em suas camas, mães, mulheres, maridos e acima de tudo pregadores que trazendo a Boa Nova de Jesus Cristo através do testemunho de vida e da prática da fé. Ao embarcar no novo desafio de educacao, temos uma visao de tornar-se uma Instituição de referência, inovadora nas suas práticas pedagógicas, e na formação de cidadãos dotados de capacidades conscientes de crítica e empreendedores, oferecendo uma educação de excelência, contribuindo na formação integral do aluno, para actuar como agente transformador da sociedade.